sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Dona Traição

Bela. Belísssima. Era ela, minha Dona. E de longe, sempre tímida que só ela. Era dada entre as saias. Lábios que se quebram em força bruta.
Teu sorriso tinha curvas. E era assim o teu engano. Chama em brasa quente. O teu cigarro latente em xícara de porcelana. Sempre afiada, a tua era a palavra. Era desejo.
Tua carne saltava os olhos e tua fumaça sequer dava paz. Rodopiava louca até mim.
Até mim, que errei o caminho do coração e tomei a rua errada pra te perder.
E ela, sempre ali,não desistia do que era noite em mim. E na graça do meu semáforo, parti no verde enquanto o teu cigarro queimava ardente aos dentes.
[hoje tenho GPS. não erro mais a avenida principal]

2 comentários:

Marcelo Mayer disse...

ela sempre cria as mentiras mais gostosas

Gabi disse...

Aproveita que tem GPS e coloca uma janelinha para os Seguidores aí, vai. Não seja tão blasé.

Miau

Eu amo de um jeito bicho, mansinho de gato. E de gato, me enrosco nas tuas pernas, te cuido felina e te sossego num dengo de amor só meu. ...