faz de conta

um bocado ácido demais para o meu paladar. tua dança azeda o que um dia souber ser pudim de ameixa. reclino à poesia e tomo nota.

uma dose, por favor.

Nossas vidas nao são tão diferentes embora a gente goste de achar que são. A dor é estranha. Um gato matando um passarinho, um acidente de carro, um incêndio... A dor chega, BANG, e aí esta ela, instalada em você. É real. Aos olhos dos outros, parece que você está de bobeira. Um IDIOTA de repente. Não há cura para dor, a menos que você conheça alguém capaz de entender seus sentimentos e saiba como ajudar.

Charles Bukowski

paranóia

todo o sentimento de mim, num buraco único do dente. e é nessa paz que me redimo toda. é da poesia dos olhos de dentro que me faço sorrir à toa. quem de ti me acredita triste, é quem de fato não me sabe ler. sou de carne e pétalas. mulher feita. sou canção que rasga o disco e também açucar. Nnão sou doce. percebe o que difere? é poesia tudo isso. sou o u do que falta a serpentina e o azedo sereno da tua falsa modéstia. sou o teu norte.

como esquecer

emoção não penetra. 

escorre.

mais do mesmo

inspiração bateu as botas 

e lá em casa, 

sem poesia, 

ficou assim:

sem graça 

de mim 

e de você.

O filho que eu quero ter

precisa ser eterno.

Dona Morte insiste

e eu resisto o risco de não tê-lo mais aqui.

hoje sou mais saudade do que ternura.