segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

[margem bruta]

tenho poemas presos e centímetros de dilatação
o meu parto não tem hora pra acabar
e esse líquido que não é palavra
me força a boca do estômago até os sulcos do coração

diálogos e azias: entre uma música e outra

Eu: tô com queimação.
Ela: no coração?
Eu: não, no estômago! 
Ela: o coração fica no estômago, é o que os filósofos dizem e eu não vou contrariar os filósofos.
Eu: tenho sopro, então.
Ela: e eu um croissant de chocolate. no coração.
Eu: tá mordido?
Ela: pela metade.
Eu: pobrezinho. na minha vez, o chocolate tinha acabado e colocaram goiabada.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Chungking Express

Lembro-me de ser martelada por uma frase que me percorreu os sentidos durante o decorrer de um filme:

“Quando estamos mais íntimos de alguém, estamos a 0,01 cm de proxi
midade”.

É tudo tão sintomático nela que a inc
omunicabilidade, a aproximação e o isolamento se prendem no que é fim e recomeço. Nunca começo.

Transborda o emocional.


Oportunidade rara daquilo que marca o coração.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

365 + 1

 1 ano. Ou quase. Um tanto de poesia nessa coisa de desencontro e eis que CABUM! e a vida deu um jeitinho bem brasileiro de te colocar no meu caminho.
Tem coisa mais deliciosa do que uma vida todinha assim? Eu quero os teus dias pra mim, quero essa vontade toda que transborda e não solta. Fica fresquinha e presa no teu sorriso.
Te amo de a z.

Miau

Eu amo de um jeito bicho, mansinho de gato. E de gato, me enrosco nas tuas pernas, te cuido felina e te sossego num dengo de amor só meu. ...