terça-feira, 30 de junho de 2009

“II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente”

Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
[Carlos Drumond de Andrade]

Se em ti minha ternura escurece, traga fora um bocado de aus
ência e, dito isso, toma-te o sol que acorda às cinco.

Um comentário:

Fernanda disse...

Drummond é demais... adoro!

Miau

Eu amo de um jeito bicho, mansinho de gato. E de gato, me enrosco nas tuas pernas, te cuido felina e te sossego num dengo de amor só meu. ...