segunda-feira, 16 de março de 2009

Tu Queres Sono: Despede-te dos Ruídos


- Nao gosto! Já disse e redigo em pausas breves e somente minhas: NA-O G-OS-TO [e ponto!]

Questiono-me, agora, nas umbiguices estúpidas do por que insisto numa literatura própria de mim?

[psiiu!!]
Respondo em silêncio e baixinho:

- ela nasce de mim e para mim apenas. é preciso de vidro, mais do que de óculos. é preciso amor puro, único. e disso, vou a ti em prosa e poesia.

Nada de nada.

Quero a palavra crua, com sangue, servida quase-viva, quase-morta. Neste estado único do que respira e nao morde. Dentes de aço em coração de papel frouxo (ou dentes de papel frouxo em coração de aço? arrisco!).

Ah! Minhas palavras amargas, como contemplam-me na frieza sádica do que ali reflete ao espelho.

Lindos cachos dourados, olhos entreabertos de tanto amarelo pulsar.

Aquarela do que nao sou eu: carne e osso, loira-morena, castanho-verde, nem um nem outro.

Perco de vista o corpo e me contenho entre um e outro.


Sou metade.

4 comentários:

Thais disse...

psiu, aí vc tá um terço só. huhuhu

Thais disse...

temos um comediante neste blog? o.O (acho q nao sei fazer a carinha de louco direito? é assim mesmo? hahaha)

Raffaella Ciavatta disse...

Vc sempre será metade, por mais vazia, por mais inteira!
Muito pessoal pra entender as entre-linhas, preciso de explicações hahahaha

tomazmusso disse...

cara, isso é demais!! eu tenho um texto que parece isso, ou fala mais ou menos disso. depois vou ver se posto pra vc. da coisa de que sou metade etc. beijo

Miau

Eu amo de um jeito bicho, mansinho de gato. E de gato, me enrosco nas tuas pernas, te cuido felina e te sossego num dengo de amor só meu. ...