domingo, 29 de novembro de 2009

segredos de liquidificador.

tenho sofrido do que chamam vida. e para cada dor, um suspiro a menos. brinco de vida sem sequer saber soletrar ar puro. e brinco como quem sorri aos dentes. não temo o que me deves, a morte e a vida num só tamanho. sou tantas que morro apenas em domingos quentes. e é de calor que transpiro o que me queima quieto. é sofrimento unilateral que cala o que sente. não canta nunca.
amo tanto que explodo sempre em nostalgia do que não foi. é. e numa vida inteira, me recorto em papelotes mil. não sou inteira. sempre uma meia verdade. eu apenas sou. crise das mais banais. sou meu próprio diabo.

e tenho sempre dito o que na vida encontro por aí. sou baú do que é belo. e ao peito, guardo o vermelho em punhado de vidro, um espiral inteiro, teus olhos, o meu ventre e todo o mundo em lá menor.


ah! se pudesse num único poema dizer o mundo que sei..segredos dos mais diversos num peito de dois corações.

4 comentários:

Daniella Dal'Comune disse...

Achei bem unica a sua maneira de escrever. gostei do estilo do blog...e "segredos de liquidificador" é ótimo. Adoro codinome beija-flor...e outras.


beijos

Gabi disse...

Caramba, mulher. Já estava adorando tudo o que você escrevia aqui, mas isso aqui matou a pau. Ou melhor, patou de espada. De pexeira. Bem na boca do estômago.

Cinco estrelas.

Marcelo Mayer disse...

sempre digo... fazemos parte de uma grande piada divina

.maria. disse...

lirismo puro, e sem nenhuma pedra de gelo.

Miau

Eu amo de um jeito bicho, mansinho de gato. E de gato, me enrosco nas tuas pernas, te cuido felina e te sossego num dengo de amor só meu. ...