quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Loucos



Quando louca deliro paz, em paz saúdo a loucura.

Quero os devaneios, a paixão perturbada, a intensidade que só a insanidade traz.

Quero a doença dos malucos, dos poetas, dos amantes.

Razão a deixo em ilusão, em distantes desvarios, em sonhos tórpidos onde já cansei de ser em mim.

Quero a beleza do sentir, quero o sentir em cada poro.

Verdade só a minha, pensamentos só do corpo, em ligações rítmicas, aceleradas, som pulsante e música frenética.

Quero dançar a vida, em molejo de mulata, ginga de capoeira doido.

Dança dos sentidos, sem nenhum sentido.

Por assim dizer, não dizer nada.

Mergulhar em sentimento, mudo.

Viver tudo e em tudo.

Me jogar ao mundo e me entregar ao regozijo dos loucos.

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[Thais Degiovani]

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