Quando os nossos erros causam dor e a pele amada sofre a ferida cometida, o tempo faz-se por milagrosa cura. E é neste tempo, em que a insegurança se sustenta como pilar de nossas promessas, que descubro o meu desafio: não adianta apressar o relógio, se quer mandar flores, não adianta gritar “eu te amo’, não adianta suplicar pelo perdão. Adianta encontrar no impulso de querer da ferida, uma cicatriz, a dor de entender a perda. A perda de um milésimo de amor do nosso amor, a perda de confiança, o medo de errar, o receio do próximo passo.
Encontrei a minha queixa, destilei o meu pecado, dou as boas-vindas à impulsividade e despeço-me desta amordaça que fere a carne amada.
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