amei por tantos anos Kandinsky. e me esqueci desse amor. era lindo. tudo era pra Ele. e nada pra mim. eu não me importava com o peso da balança, nem o preço do café. era adolescente demais pra isso e boba por seus rabiscos. não eram sutis. disso me recordo bem, naquela inveja ao mestre. lembro também da primeira vez que toquei uma esferográfica vermelha em papel branco. o tanto que sangrou, anunciou implícito o que ali em segredo se fez. era tão inocente, mas já dispontava para o profano - esse, preso ainda nas vírgulas tortas na vontade de extrapolar por parágrafos inteiros. e nas horas santas, um altar para Ele. eu era mais da filosofia. amava os pensadores. e amava mais ainda quando eles tocavam a poesia. amava, na verdade, o toque de tudo isso.
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