Tenho pequenas obsessões. Todas elas catalogáveis, todas elas discretas de mim. Minhas unhas vermelhas revelam mais de mim do que a pele. Tem segredo de sangue na tinta. E é com ela que faço a vida em saia rendada.
Tenho desejos que acordam de noite, adoram a Lua e dormem de dia. Outros tranquilos, preferem os livros com café. Talvez se meus dedos fossem pincéis, provaria do meu gosto em aquarela pura. Fica tudo grudado nos olhos de dentro. Forço goela abaixo na busca pelo meu filme. Faroeste-noir.
Das cores, prefiro o outono de mim em sépia. Não sou desse século. Minha trilha sonora é. Pianíssimo de tudo, minhas notas são tortas. Um botânico de sensações que não revela.
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