tenho sofrido do que chamam vida. e para cada dor, um suspiro a menos. brinco de vida sem sequer saber soletrar ar puro. e brinco como quem sorri aos dentes. não temo o que me deves, a morte e a vida num só tamanho. sou tantas que morro apenas em domingos quentes. e é de calor que transpiro o que me queima quieto. é sofrimento unilateral que cala o que sente. não canta nunca.
amo tanto que explodo sempre em nostalgia do que não foi. é. e numa vida inteira, me recorto em papelotes mil. não sou inteira. sempre uma meia verdade. eu apenas sou. crise das mais banais. sou meu próprio diabo.
e tenho sempre dito o que na vida encontro por aí. sou baú do que é belo. e ao peito, guardo o vermelho em punhado de vidro, um espiral inteiro, teus olhos, o meu ventre e todo o mundo em lá menor.
ah! se pudesse num único poema dizer o mundo que sei..segredos dos mais diversos num peito de dois corações.
4 comentários:
Achei bem unica a sua maneira de escrever. gostei do estilo do blog...e "segredos de liquidificador" é ótimo. Adoro codinome beija-flor...e outras.
beijos
Caramba, mulher. Já estava adorando tudo o que você escrevia aqui, mas isso aqui matou a pau. Ou melhor, patou de espada. De pexeira. Bem na boca do estômago.
Cinco estrelas.
sempre digo... fazemos parte de uma grande piada divina
lirismo puro, e sem nenhuma pedra de gelo.
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