- Pulso constante, palpitação cadenciada que rodopia doido por entre os pensamentos que te fazem você. Meu coração é.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Des. ti. no. -me. a ti.
Nós nos inventamos um ao outro porque éramos tudo o que precisávamos para continuar vivendo. E porque nos inventamos, eu te confiro poder sobre o meu destino e você me confere poder sobre o teu destino. Você me dá seu futuro, eu te ofereço meu passado. Então e assim, somos presente, passado e futuro. Tempo infinito num só, esse é o eterno.
Caio F.
Caio F.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Relicários
Ah! Se pudesse a vida me trazer sorrisos estampados em carteira assinada. Nada disso! Detesto o convencionalismo que se faz por aí.
- Se estou feliz?
- Tenho um novo emprego, e daí?
Algarismos e blábláblás
Hoje sou sem rumo. Palavras cristãs rasgadas no Verbo. Uma mediocridade pura do que se colore à boca. Inspiro o diabo a quatro e não morro nunca de você (nem de ninguém).
Destilados
Bêbado de você. Pernas do que se provam fartas de desejo. O corpo em curvas e ventania do que chove. Molhado arisco. Desejo traduzido em mãos que ardem o gozo prometido. Canalhices de uma beata. Mãos santas profanando o cântico dos cânticos.
Amém.
Teus dentes são como um rebanho de ovelhas,
recém-saídas do lavadouro;
cada um com seu par, sem perda alguma.
[Quinto Canto, Cântico dos Cânticos]
Indolência
Mascarada. Tudo o que vejo em musgo vermelho que pulsa está em máscaras de carnaval. As tuas, as minhas, as delas. Sonho interrompido pelo filho esquecido ao peito. Uma provocação letárgica do que se esconde, do que se rima, do que se vinga. Um gole a seco do que se molha em lágrimas moribundas por entre as tuas.
Tendências
Uma pontada. Facada certeira ao peito. (o meu, por favor!) masoquismo quase tibetano, uma tortura aos olhos de quem vê, mesmo que no vazio de lentes de contato já míopes de (/por) você. Sou assim: sem dor, querida, nada feito! Um arremesso em falso, tacada clandestina. Uma falta de escrita crônica: doença de uma literatura metida à besta que se odeia ao espelho, mas ajeita o cabelo sempre que se envaidece aos paparicos ariscos de quem a lê. Fatalidade crua que desfila e fia a vida que por hora é boa. Canalhice que dá sono:
- um chopp para a moça que chora, campeão!
- Logo, não se demora antes que as 11 parta o sino e o branco do guardanapo se eternize sem um sequer rabisco.
Falta tinta e só isso importa. Só isso.
terça-feira, 14 de abril de 2009
Uma Declaração Em Versos Soltos (por aí)
AMO
e sei que amo, e quanto amo
o que te devo
E é tão meu
o que te dou
Meu coração
ao avesso dessas promessas
que tanto ao peito soluçam.
AMO
e com todas as letras
cravo os dentes
E em miúdos
confesso
(o que de certo é)
AMOR que bate
bate
bate e DESflora
EXPLODE.
e sei que amo, e quanto amo
o que te devo
E é tão meu
o que te dou
Meu coração
ao avesso dessas promessas
que tanto ao peito soluçam.
AMO
e com todas as letras
cravo os dentes
E em miúdos
confesso
(o que de certo é)
AMOR que bate
bate
bate e DESflora
EXPLODE.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
[AMAR]
sexta-feira, 3 de abril de 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
oração a giacomo
LOUCURA: edição decisiva submergida nas vozes enganadoras de outrem que aqui nada quer.
[rabiscos dela] [primeira inspiração]
Aquelas horas permaneceriam fixas como figura traçada
Com exatidão e cores tão uniformemente distribuídas,
Quase retrato da Perfeição.
Mas se perfeição pudesse ser reproduzida, com contornos, pinceladas, sombras ou luzes... Tela púrpura, cinza e azul! E se dessas cores se fizesse paisagem, se eu a guardasse em uma caixinha de prata,
Protegida da amargura que o tempo traz!
E se eu nunca mais a abrisse,
E se eu somente trouxesse nas mãos uma chave,
E a lembrança, e a saudade...
Sim, eu a manteria bem perto, ainda que nenhum dos Homens da Terra a pudessem ver,
Nos meus sonhos ele seria viva, sublime, eterna.
Mas aquelas horas, por serem reais,
Quase perfeitas,
Por não serem retrato e por moverem sem rítmo,
Por não terem forma, cor ou som,
E ainda assim, trazerem tudo isso tão perto!
E trazerem a dor e o perfume...
Aquelas horas não serão guardadas.
E por serem tão indefinidamente belas
E tão intensamente saboreadas,
Aquelas horas flutuarão sorrindo
E de longe talvez dirão adeus.
[Luana Rodrigues]
Com exatidão e cores tão uniformemente distribuídas,
Quase retrato da Perfeição.
Mas se perfeição pudesse ser reproduzida, com contornos, pinceladas, sombras ou luzes... Tela púrpura, cinza e azul! E se dessas cores se fizesse paisagem, se eu a guardasse em uma caixinha de prata,
Protegida da amargura que o tempo traz!
E se eu nunca mais a abrisse,
E se eu somente trouxesse nas mãos uma chave,
E a lembrança, e a saudade...
Sim, eu a manteria bem perto, ainda que nenhum dos Homens da Terra a pudessem ver,
Nos meus sonhos ele seria viva, sublime, eterna.
Mas aquelas horas, por serem reais,
Quase perfeitas,
Por não serem retrato e por moverem sem rítmo,
Por não terem forma, cor ou som,
E ainda assim, trazerem tudo isso tão perto!
E trazerem a dor e o perfume...
Aquelas horas não serão guardadas.
E por serem tão indefinidamente belas
E tão intensamente saboreadas,
Aquelas horas flutuarão sorrindo
E de longe talvez dirão adeus.
[Luana Rodrigues]
Os Arcos
Em terras novas, de minha janela, rabisco a porta que te solta de mim e não apavora. Apago os pés e dou-te mãos de bailarina.
Provoco-te por quem tu és em arcos tragados por teu cigarro imundo - poluição gratuita vinda a mim.
Dou-te a benção.
[parta distante em estilhaços de sorrisos que te sangram a boca cancerígena]
Provoco-te por quem tu és em arcos tragados por teu cigarro imundo - poluição gratuita vinda a mim.
Dou-te a benção.
[parta distante em estilhaços de sorrisos que te sangram a boca cancerígena]
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