segunda-feira, 30 de março de 2009
[regresso aos anos que são tão meus]
entre 26 primaveras, broto da terra de outono. sou unhas e dentes que fecha o verão num céu de mim mesma.
nasço mais uma vez [a ponto de bater para ficar. pontuo.]
quinta-feira, 26 de março de 2009
EU SOU VERTICAL
...
a cada noite, teu corpo: um desejo.
[o meu]
faça-me em sonhos
[o teu]
...
domingo, 22 de março de 2009
radiohead [em minha cabeça]
I'm the next act waiting in the wings
I'm an animal trapped in your hot car
I am all the days that you choose to ignore
You're all I need
You're all I need
I'm in the middle of your picture
Lying in the reeds
I am a moth who just wants to share your light
I'm just an insect trying to get out of the night
I only stick with you because there are no others
You are all I need
You are all I need
I'm in the middle of your picture
Lying in the reeds
S'all wrong
S'alright
S'all wrong
S'alright
S'alright
S'alright
.
.
[rumo ao palco em que de música trará me de volta ao que completa. Radiohead em 2 horas e 30 minutos]
quarta-feira, 18 de março de 2009
O círculo...
É ovo, é zero.
É ciclo, é ciência.
Nele se inclui todo o mistério
E toda a sapiência.
É o que está feito,
Perfeito e determinado,
É o que principia
No que está acabado.
A viagem que o meu ser empreende
Começa em mim,
E fora de mim,
Ainda a mim se prende.
A senda mais perigosa.
Em nós se consumando,
Passando a existência
Mil círculos concêntricos
Desenhando.
[Ana Hatherly]
terça-feira, 17 de março de 2009
destilando o sentimento em uma xícara de café: ruídos
segunda-feira, 16 de março de 2009
Linhas de Caio
Tu Queres Sono: Despede-te dos Ruídos
Questiono-me, agora, nas umbiguices estúpidas do por que insisto numa literatura própria de mim?
[psiiu!!]
Respondo em silêncio e baixinho:
- ela nasce de mim e para mim apenas. é preciso de vidro, mais do que de óculos. é preciso amor puro, único. e disso, vou a ti em prosa e poesia.
Nada de nada.
Quero a palavra crua, com sangue, servida quase-viva, quase-morta. Neste estado único do que respira e nao morde. Dentes de aço em coração de papel frouxo (ou dentes de papel frouxo em coração de aço? arrisco!).
Ah! Minhas palavras amargas, como contemplam-me na frieza sádica do que ali reflete ao espelho.
Lindos cachos dourados, olhos entreabertos de tanto amarelo pulsar.
Aquarela do que nao sou eu: carne e osso, loira-morena, castanho-verde, nem um nem outro.
Perco de vista o corpo e me contenho entre um e outro.
domingo, 15 de março de 2009
EM CARTAZ: a vida
Resta-me o silêncio: a quietude vil do par de olhos que nada vê. Simplesmente sente em brilhante atuação. O último ato retratado a um prólogo de mim mesma.
- Àqueles que nada querem com a grande arte, a porta. Aos que desejam prazer, o gozo preso dentre as pernas.
Grito ao palco da vida:
- Comece o espetáculo!
[e eis que retorna a mim o silêncio do começo da história]
sexta-feira, 13 de março de 2009
Amando [você]
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti eu criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Dou-te meu coração, todinho teu, em livres ondas ordenadas pelo vento de tantos meus-pulmões. Dou-te poesia: a minha mais pura e tua-poesia.
Casa comigo numa tarde de primavera?
terça-feira, 10 de março de 2009
(des)construção fágica
segunda-feira, 9 de março de 2009
A Valsa
quinta-feira, 5 de março de 2009
o nosso dever falar
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar.
quarta-feira, 4 de março de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
Retalhos de uma psique
O amor é um retalho genuíno de si mesmo que se esconde em pedacinhos do tempo e nos destina agulha e linha para que o frio não percorra o nosso coração numa noite chuvosa qualquer.
Assim mesmo, sem ponto nem vírgula; simplesmente respiração.
E se o amor é mesmo essa colcha de retalhos, alguns pedacinhos já coleciono para que, no próximo inverno, palavras roucas de frio não sejam necessárias. Um sussurro talvez, ou mesmo uma gripe, mas nada que seja diagnosticado fatal para a próxima primavera.
Assim mesmo, sem ponto nem vírgula; simplesmente respiração.
Miau
Eu amo de um jeito bicho, mansinho de gato. E de gato, me enrosco nas tuas pernas, te cuido felina e te sossego num dengo de amor só meu. ...
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ponho-me a risco. (faça graça) uma aquarela novinha em folha e o dia lá fora esperando a orquestra acordar.
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Os lençóis opressivos como beijos de um devasso , Sylvia Plath. Como-te com os olhos. Com a boca, faço dos versos sussurros ao pé de teu ou...