Quando louca deliro paz, em paz saúdo a loucura.
Quero os devaneios, a paixão perturbada, a intensidade que só a insanidade traz.
Quero a doença dos malucos, dos poetas, dos amantes.
Razão a deixo em ilusão, em distantes desvarios, em sonhos tórpidos onde já cansei de ser em mim.
Quero a beleza do sentir, quero o sentir em cada poro.
Verdade só a minha, pensamentos só do corpo, em ligações rítmicas, aceleradas, som pulsante e música frenética.
Quero dançar a vida, em molejo de mulata, ginga de capoeira doido.
Dança dos sentidos, sem nenhum sentido.
Por assim dizer, não dizer nada.
Mergulhar em sentimento, mudo.
Viver tudo e em tudo.
Me jogar ao mundo e me entregar ao regozijo dos loucos.
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[Thais Degiovani]
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