Respirou fundo. E mais uma vez, aquela sensação de enjôo e desgosto que assombrava o pulmão daquela menina-demônio. Os sentidos tornaram-se tão reais e próximos. Não mais distante como antes... ...como todo antes: REAL. Simples por ser apenas, sem mistério.
Hoje, o dia amanheceu com as cores mais lindas, mesmo tendo a menina-demônio sonhado: aqueles olhos souberam cativa-la. O céu se encheu de nuvens, carregadas de tempestade. Era o anúncio do ADEUS breve que não queria nunca partir. Sem estrelas, nem guarda-chuva. Uma chuva de pesadelos que assombrou todo o céu naquela manhã.
Devastador como uma tempestade de pedras, a menina-demônio tornou-se sozinha por não mais ter forças. Ela era fraca, impossibilitada de erguer a mão e aceitar desafios. Era medo de se perder, se perder em terras não conhecidas. E, mesmo que não se anuncie nos classificados, aquelas terras um dia serão descobertas e até mesmo amadas.
Mas não agora.
Hoje, a menina-demônio está fechada para reformas. Não é a fachada que a assusta, mas a madeira esburacada que sustenta aquela casa. Até quando aquele chão aguentará o peso de seus pés já crescidos?
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