PARTIR. Chegou a hora de arrumar as malas e sair de fininho. Deixar a casa vazia e os sonhos de outrora bagunçados na roupa suja. Chegou a hora de abrir a porta e não olhar para trás; não temer a conquista da perda e, sequer, voltar atrás.
Foi dada a largada!
Agora é aguardar a chuva e lavar a alma. Não importa se a água for impura: o que importa é o que para a alma ela significa. Saio de casa, mas deixo minha lembrança, tempos que não são mais. Foi acreditando num prazo de validade que deixamos o doce amargar.
O fim: tão certo como o começo (in)findo.
...
Na incongruência do que me restou dessa manhã, aprendi que o medo é o limite dos medíocres. Tenho em mim a reverência pelo saber e não abro mão disso. Diante do cinza que penetra minhas horas, sei que posso contar com o sorrisinho homeopático que acalma e afasta qualquer tristeza e faz meu coração bater mais forte.
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