quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Um tiro


Um tiro na boca do estômago: silenciosa violência de um sonho que se desfez em minhas próprias mãos e perdeu-se por entre os dedos. Os dedos de outrora seus.

Grãos, e a dor rasgada em minha garganta. Liberdade: um grito frouxo.

Tempo?

O relógio que antes funcionava, em meu pulso aquietou se em efêmeros tic tac descompassados. Um lamento apenas: o fim estampido em dois pólos avessos à realidade.


2 comentários:

Raffaella Ciavatta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Raffaella Ciavatta disse...

Rápido, certeiro e mortal.
Uma tristeza a qual assistimos sangrar até morrer...
e morre.

Miau

Eu amo de um jeito bicho, mansinho de gato. E de gato, me enrosco nas tuas pernas, te cuido felina e te sossego num dengo de amor só meu. ...